Essa fonte de idéias que gera a arte de escrever nem parece às vezes que é inesgotável. Os black-out's mentais ocorrem freqüentemente no cérebro poético. Há horas, dias, meses, que às vezes passam em vão. Mas será que realmente passam em vão? Muitas idéias precisam de um período mínimo de gestação, seja no inconsciente, ou seja, informações já escritas e armazenadas. Assim como as fétidas fezes de alguns animais se transformam em poderosos e incomparáveis adubos, as palavras precisam também de um período de curtimento. Digamos que, assim como uma planta, ela nasce semente, cresce, floresce e produz seus frutos - nem sempre bons. Tudo pode ser aproveitado de alguma forma para alguma coisa. O sentido só faz sentido se o buscarmos. Talvez a busca seja o próprio sentido, no sentido de que buscando nos desviamos por atalhos sensitivos que nos preparam em "banho-maria", temperando e desengenhando o estável e o improvável.
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