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quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

JORNADA - PARTE 2 - CAMINHANDO

Já no mais puro desejo de navegar e naugrafar no oceano da trangressão racional, para que assim pudesse ultrapassar um obstáculo emblemático e tão antigo quanto o instinto de reprodução das espécies, eu progressei deixando as primeiras pegadas da minha jornada.


No primeiro altar que subi, pedi à Zaratustra um golpe de luz, que pudesse desencadear minhas mais leves reações e petrificar os sentimentos que poderiam vir à ser minha cruz.


Saindo da região totalmente devastada de idéias, esbarrei num objeto misterioso e reluzente. Era um medalhão dourado. Nele, estava escupido um símbolo e letras à qual não tive menor noção. Guardei-o no peito como se fosse um amuleto de proteção, pois passei a acreditar que assim o fosse.


Retirei das minha tralhas um velho livro, de orelhas grandes, empoeirado, e, o abri de forma simples, na mais subjetiva intenção, prevendo que aquilo seria uma pista para meu próximo passo.


Então, na linearidade - justo aquela que nunca quis - do pensamento momentâneo, joguei o amuleto num lago de percepções reais, mas inexistentes. Deixei fluir somente oxigênio em meu corpo, meditando por alguns minutos, e aceitando mais uma vez meu estado imprevisível de decisão.



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