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terça-feira, 27 de julho de 2010

Estilhaço

Sou poeta. Realista. Real como sou, mas não como sou poeta. Agressivo e meio estranho. Talvez normal - pouca pinta de mal. Simples. Na simplicidade que penso. Ilusionista. Um pouco rouco. Leio gibi e revista pouco. Amargo. Ouro e escarro. Poeta? Que sarro! Um caminho atrás. Já ouviu falar de amor? Ouvirás. Precoce. Transpiro e inspiro. Espirro e tosse. Na droga do pensamento. Careta. O que vale pode ser momento. E desse, apenas meio. Inteiro? Devaneio. O que vejo é o que veem. Não enxergam? Creem? E agora o que faço? Nada! Estilhaço. Não me lembro. Penso, logo existo. Ou existo porque penso? Esse caminho é uma jogada pouco estranha. Fácil. Se não se acerta, ao menos arranha.



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